Em tempos de home office empresas precisam entender o que é assédio organizacional
A quarentena provocada pela pandemia de Covid-19 levou muitas empresas a adotar compulsoriamente o regime de trabalho em home office. Como se tratava de uma nova prática para a maioria dessas organizações, logo surgiu a preocupação acerca da produtividade dos colaboradores trabalhando a partir de suas residências, em alguns casos culminando em pressões adicionais por parte dos gestores. Esse cenário delicado se configura o ambiente propício às ocorrências de assédio organizacional.
Talvez esse termo não seja tão familiar quanto o assédio moral, no entanto ambos possuem significados semelhantes, diferenciando-se tão somente não amplitude do problema. Enquanto o assédio moral é endereçado a um indivíduo específico, o assédio organizacional se dá indistintamente sobre toda a estrutura de colaboradores. São exemplos dessa prática líderes e gerentes que impõe competitividade exacerbada, estimulam comportamentos segregacionistas e, em alguns casos, humilhação pública de trabalhadores que não atingem as metas.
Obviamente o estabelecimento e a cobrança de metas aos colaboradores são ferramentas de mensurar a produtividade da empresa no sentido de fazê-la alcançar os resultados planejados. Mas quando isso ocorre de maneira exagerada e até agressiva, com pressões psicológicas, se configura como assédio. Independentemente de o trabalho ser desenvolvido presencial ou remotamente, a empresa tem por obrigação proporcionar condições de trabalho saudáveis, com equidade, segurança e direitos humanos.